expressionismo alemão


O Expressionismo surgiu na Alemanha antes da I Guerra e teve seu ápice na Berlim dos anos 1920, em diversas áreas da criação, como a arquitetura, a pintura e o cinema.
 
Os filmes expressionistas produzidos imediatamente depois de I Guerra incorporam o contexto social e político da República de Weimar e trabalham temas atuais como a auto-reflexão, o espetáculo e a identidade.


Estética

Em vários países europeus, a geração dos 1920 abraçou um desejo de mudança e um olhar para o futuro baseado no experimentalismo e na ousadia da arte. 

Os primeiros filmes expressionistas se caracterizaram pelo orçamento enxuto, usando cenários despojados, geometrizados e com desenhos nas paredes,  representando luzes, sombras e objetos, como em O gabinete do Dr. Caligari, 1920, de F.W.Murnau, abaixo:

 




Os enredos desses filmes geralmente giram em torno da insanidade e de outros temas ditos intelectuais, para se oporem aos standards românticos e de aventura do cinema de massa, como em Caligari, acima e M, 1931, de Fritz Lang, abaixo:


Além disso, Expressionismo Alemão tem fortes elementos de monumentalismo, com edifícios de linhas agudas, grande altura e habitados por multidões, como em Metropolis, 1927, de Fritz Lang, abaixo, :





O Expressionismo Alemão também resultou numa estética cinematográfica marcada pelo cenário e pela luz e sombra como elementos expressivos, como em Nosferatu, 1922, de F.W. Murnau, abaixo:



Hollywood


O Expressionismo veio para os EUA quando os nazistas tomaram o poder na Alemanha e vários de seus diretores emigraram para Hollywood, como Fritz Lang e F.W.Murnau.

Diretores alemães como Karl Freund, o cinegrafista de Drácula em 1931, estabeleceram a forma e o conteúdo dos filmes de monstros da Universal, nos anos 1930, com seus cenários escuros e artisticamente projetados, legando um modelo para as produções posteriores do gênero.


Influências


Diretores como Billy Wilder, Fritz Lang, Otto Preminger, Alfred Hitchcock, Orson Welles, Carol Reed e Michael Curtiz trouxeram o Expressionismo aos dramas de crime dos anos 1940, o chamado filme noir, expandindo sua influência para o cinema atual.


Werner Herzog refilmou Nosferatu, 1979,  dando ao vampiro a mesma caracterização de Murnau. Hitchcock tem fortes traços expressionistas em seus The Blackguard, The Lodger e Psicose, 1960, abaixo:



Traços do Expressionismo também estão em Blade Runner, 1982, de Ridley Scott e Batman Returns, de Tim Burton, 1992, cuja Gotham City tem muito da Metropolis de Fritz Lang, ambos abaixo:







Obras


Entre os filmes expressionistas se destacam, pelo simbolismo e pela estilização formal, O estudante de Praga, 1913, de Paul Wegener e Stellan Rye, com roteiro, entre outros, de Alfred de Musset e Edgar Allan Poe; O gabinete do Dr. Caligari, 1920, de Robert Wiene; Nosferatu, 1922, baseado na novela Drácula, de Bram Stoker e A última gargalhada, 1924, ambos de de F.W. Murnau. Metropolis, 1927 e M, 1931, ambos de Fritz Lang, costumam ser acrescentados a essa lista.


Horror e noir

Em Hollywood, dois gêneros de filmes foram profundamente influenciados pelo Expressionismo Alemão: o filme de horror e o filme noir.


O produtor Carl Laemmle e a Universal Pictures fizeram nome ainda no cinema mudo, com filmes como O Fantasma da Ópera, de Rupert Julian, 1925, com Lon Chaney.


Depois, nos anos 30, fizeram sucesso com Frankenstein, 1931 e A Noiva de Frankenstein,1935, ambos de James Whale, com Boris Karloff; O filho de Frankenstein, de Rowland Lee, 1939, com Boris Karloff; Drácula, de Tod Browning, 1931, com Bela Logosi e O homem invisível, de James Whale, 1933, com Claude Rains.

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